Neste país que só fala das coisas depois de acontecerem, não tardará para que o tema da ordem do dia seja o bullying. Mas, cá no meu jeito de ver as coisas, há uma coisa que os urubus do sensacionalismo e boçalidade não vão dizer.
A existência destes fenómenos no âmbito escolar ou universitário são também um reflexo de uma sociedade que funciona assim. De um sistema estupidamente injusto e desigual, baseado na existência de relações sociais desiguais, que são perpetuadas de variadas formas, que legitimam a dificuldade em lidar com a diferença e vêm no individualismo uma beleza absoluta. E quando se perde o "nós", perde-se a humanidade.
Não são só desavenças pessoais; são uma réplica - ajustada ao lugar, ao sítio e aos meios - de uma disputa que o sistema estimula.
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