02/03/2022

Da guerra (II)

 Condenação, clara e inequívoca, e por extenso

Condeno a guerra. Condeno o Putin e a sua invasão. Condeno todos os que o elegeram e que não estejam arrependidos.

Condeno a ingerência, a violência e a confrontação. Condeno a escalada armamentista e a militarização.

Condeno as versões bossa-nova de clássicos do rock e do punk rock.

Condeno a NATO e quem a apoia, aqui no burgo, em atropelo do artigo 7° da Constituição.

Condeno todos os canalhas que se lançaram na mentira, e só não os chamo de filhos da puta porque, coitadas, não condeno as mães deles. A menos que elas também se tenham lançado na mentira. Nesse caso, também condeno as mães deles.

Condeno a instigação do confronto na Ucrânia. Condeno as francesinhas com pouco picante, as privatizações e o não cumprimento da carta da ONU e da Acta Final da Conferência de Helsínquia.

Condeno o mau vinho. Condeno a extrema-direita, a xenofobia, o racismo, a homofobia, a transfobia e a EMEL.

Condeno temperaturas acima de 25°, o imperialismo e o capitalismo. Condeno a comunicação social que faz da desinformação a arma.

Condeno o ódio. Condeno a intolerância e quem faz mal a animais.

Condeno-me por ser um pessimista. E condeno-me a lutar. Sempre.

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